domingo, 13 de fevereiro de 2011

Hangar – estufa musical de ótimas recordações


Mais uma tarde quente em São Paulo, dia 10 de fevereiro, e ao longo da Rua Rodolfo de Miranda logo se podia notar a imensa fila à espera da abertura do Hangar 110. O sol baixava, a temperatura não, cada vez mais pessoas iam chegando à espera do show de Esteban e Carox.

Passavam das 20h quando as portas foram abertas e a fila começou a andar, clicks e gritos ainda lá fora quando o público avistava um integrante de uma e outra banda.

Dentro do Hangar uma surpresa, o ambiente estava mais fresco do que lá fora, por enquanto. O palco coberto com as cortinas vermelhas escondia a preparação do show, um curioso levantou e espiou a montagem dos instrumentos.

Ás 20h42 as cortinas se abrem para a apresentação da banda de abertura Carox. Parte do público se animou com as canções. Foram ao todo seis músicas, sendo dois covers, um do Paramore e outro muito corajoso de Say You´ll Be There, das Spice Girls. Muitos estranharam, mas puderam reconhecer que já curtiram essa fase nostálgica, além do mais está na moda bandas de uns dez anos atrás voltarem para fazer shows, um exemplo é o Backstreet Boys que virá para o Brasil.

Momento desastrado e sem áudio, a vocalista derrubou um prato da bateria que caiu em cheio em cima do fio do microfone e partiu-o. Providenciaram um outro microfone com fio mais curto e novamente outro prato caiu, desta vez sem provocar danos.

Passado o show de abertura, mais alguns minutos para trocar os instrumentos e o público ia se aglomerando em direção ao palco e a temperatura subia, os ventiladores já não davam mais conta de refrescar o local, quase uma estufa.

As luzes se apagaram, o vermelho já não cobria mais, está no palco do Hangar pela terceira vez Esteban. Gritos, muitos gritos, flashs, vários flashs, corações disparados, chegou a hora de começar com a música Canal 12.

Para celebrar e lembrar desse dia nada como a música Visita, seguida de Tudo Pra Você e Bons Dias. A platéia cantava todas as músicas e junto com a melodia podia expressar todo o sentimento, de quem canta, se vê representado nas letras, uma forma de mostrar ao mundo quem é.

Se não sabia a letra não faz mal, outros fazem o coral tão expressivo e é só se deixar levar pelas canções que o clima parece se tornar mágico. É real, mais uma vez ver de perto, ao vivo e com muita qualidade Esteban. Que já havia tocado em 22 de julho e em 25 de fevereiro de 2010. Cada apresentação superou a outra, desde a primeira onde estava mais inseguro até esta totalmente à vontade e com a emoção, a energia que faz o show ser único.

Depois foram tocadas as músicas Livre, Segunda-feira, Muito Além do Sofá. Tavares colocou o chapéu e tocou um belíssimo cover de Vambora de Adriana Calcanhoto. A temperatura só subia, o calor era enorme, tanto que Tavares pingando logo tirou a camisa e ficou de regata. Momento esse que subiu alguns graus. E se ele que estava lá em cima estava assim, imaginem o calor de quem estava lá em baixo aglomerado.

Uma pausa com a banda e Tavares ao violão relembra os tempos da Abril, toca Aline, Noite e Mundo. Quase um luau, onde todos se sentem em casa e cantam junto.

Rodrigo Thurler, Leonardo Haru, Gustavo Baralho e Mario Camelo voltaram e a banda novamente está completa e recebe a participação de Carox, que cantou As Horas em parceira com Tavares.

Uma novidade deste show foi a música Eu Sei que ainda não tinha sido apresentada no Hangar. Teve a música que Tavares compôs para o Glória, Sua Canção e ainda a clássica Muda.
Demorou um pouco, mas tocou Pianinho e o momento auge foi quando todos cantaram Sophia, e no refrão suas variantes, guria, vadia...

“Quem sabe eu não saiba nada ou saiba tudo que eu não sei. Quem sabe a hora está errada ou há horas eu já errei”. O final foi diferente, Sinto Muito Blues fechou a noite com um solo muito bom do guitarrista Leonardo Haru e Tavares também na guitarra. Chegou ao fim mais um show, em pé a banda se despediu e as cortinas se fecharam, as luzes se acenderam e deu para perceber que algumas pessoas passaram mal e estavam mais para o lado sentadas e suadas.

O importante foi que todos curtiram o show, a casa estava lotada e teve gente que veio do Rio de Janeiro e até de Santa Catarina especialmente para a grande noite. O Hangar foi novamente uma verdadeira estufa do rock e Esteban em grande estilo deixou ótimas recordações para o público presente.


sábado, 31 de julho de 2010

Homens ou livros?

Isso pode parecer a princípio uma pergunta sem sentido. Como comparar e escolher entre duas coisas tão distintas. Mas foi num desses pensamentos soltos, com um tom de nostalgia que veio à cabeça.

Relembrando o tempo que passa, olha passou. Foi quando estava na 5°série e uma professora minha de matamática em uma de suas aulas, disse a seguinte fase:"Vocês tem que namorar os livros", algo que soou no momento como estranho, e que até hoje ouvindo isso pode não entender, um verdadeiro absurdo.

Ela dizia isso em meio a tentar mostrar ou convencer mesmo, a gostar da matéria, pegar o livro com carinho, e se apaixonar por ela. Se bem que em matemática não é fácil tamanha façanha.
Mas então, por entre esses anos, já se passou uma década - espanto. Isso voltou ao pensamento, em meio as minhas reflexões, pude constatar que não é bem assim que funciona.

Namorar um livro não chega bem ao ponto, tudo bem que livros são ótimos companheiros, você se distrai, viaja, se emociona. Em suas páginas sabe onde está o choro derramado em um momento de emoção, em que suas páginas absorveram e ali ficaram guardadas. Diferentes dos homens, que levam suas lágrimaspara não sei onde e somem junto com elas.

Livros preenchem o tempo - horas e horas linhas a dentro; o espaço, haja espaço para comportar tantos exemplares. Mas ainda assim não é a mesma coisa. Tem, muitas vezes, aquela capa dura, dentro segredos a serem desvendados. São todos iguais mas cada um com uma história diferente por dentro.

Ainda assim, chega um ponto em que os papéis são meio que trocados. Passo todo o tempo com eles, os livros. Em todos os lugares quem encontro? Aquele retângulo paginado.

Em todas as datas e todos os cantos há um exemplar desses. Com quem passo o dia dos namorados a não ser estudando. No quarto ele invada a minha cama e só dá ele.
Livros são ótimos AMIGOS, mas não venha tentar substituí-lo de uma função que não adianta, não resolve o problema.

Fazendo uma distinção de lugares, homem na cama, livro na estante. E, pode lembrar armário, esses homens de hoje em dia, quando mal aparece um já é gay...ou casado. Mundo moderno, já dificulta ainda mais a situação.

Aí tem que procurar ainda mais, para achar algum homem que mereça a sua atenção e carinho. Que seja de verdade, não mais ilusão, ficção ou papel. Já passou o tempo dos contos de fadas e quero alguém de verdade.

Mesmo que seja difícil encontrar, entende-los mais ainda, e pior é faze-los nos entender. Fazer o quê, preciso de um ser do sexo oposto para viver. Livros não servem para tudo, podem conter um significado mas a essência habita um corpo. Livros são amigos, homem não quero só como isso.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Declaro algo meu

Paro e penso. Vejo o que sinto, é apenas um sentimento meu, guardado e que não tem data para acontecer. Já se passaram dois anos e esse sentimento continuou, transformando-se e aumentando. Algo que não posso controlar, vem e me contenta, faz um bem mas não é real.
Quando abro os olhos nada há, apenas mais uma ilusão. Não quero viver disso, mas é assim que vivo. E continuo os dias a esperar. Espero algo, espero alguém, quem sabe você...Antes tão livre, agora me prendo a quem me mostrou a como então é possível ser livre.
Pode não ser o ideal ou que vá acontecer, - já cansei de esperar o príncipe encantado - mas queria tentar, queria viver esse momento. Não importa o quanto for durar.
Isso é algo que declaro, não sei para quem, mas que está em meu coração. Involto em imagens, sons e palavras. Palavras essas que me dão um sentido. E sem palavras deixo que esta breve declaração exista, tentando representar esse sentimento. Que não busca razão, apenas uma chance.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Do imaginário ao real: cruzando linhas e traçando as próprias

Nada como estar de férias e viajar. Sim, férias da PUC e uns 3 dias fora de São Paulo. Curtindo o inverno numa piscina com cubinhos de gelo - pra que esperar o verão? E na volta deparo-me com algo que marcou o dia, além do congestionamento de 30km devido à um acidente, que resultou em 3 horas de viagem...
Eu cruzei o Trópico de Capricórnio, fui além da linha imaginária que corta o estado de São Paulo. Estava pra lá de Sorocaba, mais precisamente em Salto de Pirapora. Alguém conhece? Pois bem, fui refugiar-me pra lá.
Pode parecer meio bobo, mas fiquei contente em saber por onde cruzei, a pensar de quando eu era pequena e debruçava-me sobre os livros e mapas. Ficava planejando conhecer vários lugares.
Em meio sobre todas as formas coloridas, involto naquele azul e com nomes estranhos, era onde sonhava conhecer o mundo. E estava agora ali, para baixo daquela linha que é imaginária mas estava agora real. Era um lugar de verdade. Olha só, transformando o imaginário pro real, grande evolução. Não fica apenas no fictício mas torna contornos próprios.
De um mundo de papel que vai virando algo mais concreto, aonde é possível viver e cruzar horizontes. Perceber que cada dia é uma chance para então conhecer o mundo e traçar o próprio caminho.
De pequenos tracinhos para linhas que levam por não sei onde, resta então caminhar ao destino incerto. Certa de que chegarei a algum lugar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Semana intensiva fora

Não sei nem pra que é que estou escrevendo isso. Neste exato momento, escrevo da PUC. Não sei mais o que procurar, o que quero entrar não funciona - Twitter, sério faz uma falta, já um mês sem. Então agora digo que está difícil manter-me acordada.
Nossa, a semana inteira acordei cedo e saí todos os dias para além daqui, o já habitual e que também desgasta.
Semana cheia, de saídas e de trabalhos, juntados com tpm, ansiedade fora o stress de ter que terminar todos os trabalhos. Pensa num, pensa noutro e nem sei qual faço. Até segunda vai isso, depois quarta uma apresentação de vídeo e só. Férias então.
Sei que quero e até preciso, mas vai ficar estranho mudar essa rotina.
Só sei que preciso tanto da minha cama agora...Pena que não dá pra tirar uma soneca. E lidar com esse cansaço não tá fácil. E olha que nem começou a aula e tem seminario pra apresentar. Ai meu Deus...
Sexta passada com gripe, e essa bem cansada e sonolenta. Eu quero um descanso!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Na memória

Até que enfim vou escrever o que queria dizer. Isso é um retrato do que se passou na noite, e que noite, do dia 25 de fevereiro deste ano - ainda bem que ainda está neste ano.
Era uma noite fria e garoava. A única da semana desse jeito, só porque era o dia do show. E que isso foi uma das prováveis causas da minha gripe que só foi chegar justamente no domingo, dia do meu aniversário.
Mas disso não me arrependo não. Coisas do sistema imunológico...
Legal, descobri como chegar onde nem conhecia, andei e enfim encontrei o lugar, Hangar 110. Longa fila, eu sozinha pra variar, pequeno atraso, vai garoa na cabeça e enfim adentro o ambiente.
Não era pra ser uma narrativa, mas é só assim pra entender como contar e captar o seu sentido.
No pequeno ambiente, quase que lotado não mais estava frio - cauas prováveis: calor humano, óbvio ; ou emoção mesmo. Do meu lado passou pessoas e eu nem nada. Nem pra falar, ou tentar...
Eis que abrem-se as cortinas e começa. O show e minha gravação, ou tentativa da mesma. Tudo estava até perfeito, porém bem no meio da música "Pianinho" - já ouviram dizer dela por aqui. Acabou o espaço pra filmar. OK, troquei pelo cartão de memória e continuei. Salvei tudo bonitinho.
Aí, como não me contento em esperar chegar em casa para ver, dentro do metrô mesmo vou ver o que gravei. Só que não lembrava direito como voltar pra assistir a primeira parte gravada no outro lado do mp4.
Nisso fui apertando os botões e descobri na prática pra que é que serve o "formatar". É consegui apagar tudo, tudo, tudo. Sabê o que é tudo?
Todo o show e tudo o que tinha dentro. Mais de 100 músicas, as fotos, o v´deo do Dado que nem tinha salvo noutro lugar. Até os jogos, esses se bem que nem liguei tanto.
Mas o show, depois de ficar uma hora e meia com o braço levantado gravando e fazendo revezamento dels. De ficar preocupada com o vídeo, de nem aproveitar direito o show pra guardar ele para ver depois.
De que adiantou tudo isso. Tudo apagado, e só na internet se vê o que postaram, que era intenção minha. E dá mais desapontamento ainda. O que eu fui fazer...
Fiquei mal depois disso, nem fiquei com a sensação de emoção do show, de ver, ouvi-lo. Fiquei chocada com a perda das imagens. Depois consegui superar.
Mas o importante mesmo é que eu fui, eu vi de verdade e isso vai ficar pra sempre na lembrança, não há como apagar da memória.
Foi lindo, eu estava lá e não precisa de vídeo pra eternizar esse momento.

Pequeno delay

Como já está se tornando de costume, escrevo com um pequeno araso. Até mesmo quando me empolgo e escrevo numa folha mesmo, falta tempo pra passar pro computador. Tempo até que tem organizando direito, mas são as condições que dificultam também.
Essas coisas que escrevi se passaram uma há uns dez dias e outra que pretendo escrever hoje já tem três meses, é de fevereiro.
Pois bem, isso é só uma nota pra explicar esse jeito meu.
E é engraçado perceber que em alguns dias as coisas podem mudar, o jeito de pensar. è bem maré, com suas altas e baixas. Um clássico de Peixes, conheço, mergulho nisso.
Mas o importante é que ainda assim eu continuo. Tentando, acreditando ainda que contra as dificuldades do mundo.
Esta sou eu e tem a vida toda aí pela frente.